PUBLICIDADE
CREMER2024 CREMER2024
Óleo de cozinha

Governo do Piauí e UFPI produzirão biodiesel de óleo usado


BiodieselBR.com - 27 fev 2015 - 12:04 - Última atualização em: 27 fev 2015 - 14:27
PIBiodiesel 270215O Governo Estadual do Piauí, em parceria com a Universidade Federal do Piauí (UFPI), planeja a retomada da produção de biodiesel a partir do óleo de cozinha usado. O projeto, atualmente desativado, fazia parte da campanha Não Jogue Óleo no Ralo, uma das ações do Programa Água Pura, iniciado em 2009, pela Água e Esgotos do Piauí (Agespisa).

O assunto foi discutido, nessa quinta-feira (26), pelo secretário de governo, Merlong Solano, e pelo reitor da UFPI, José Arimatéia Dantas. “A ideia é que possamos dar continuidade a esse trabalho que traz uma série de benefícios, principalmente do ponto de vista ambiental, porque depois de utilizado, geralmente esse óleo é descartado de qualquer forma, indo parar no leito dos rios, o que acarreta a contaminação da água e prejuízos ao sistema de esgotamento”, frisa o secretário.

O projeto envolverá também o Movimento Pela Paz na Periferia (MP3), encarregado de mobilizar a população para a coleta de óleo de cozinha, que será levado para a usina de biodiesel da universidade, onde passará por um processo de filtragem, neutralização e tratamento químico. No momento, a UFPI está reestruturando a usina, que será transferida para um espaço maior e mais adequado no Centro de Ciências Agrárias do campus Ministro Petrônio Portella.

No passado, 228 estabelecimentos comerciais, dentre bares, lanchonetes, restaurantes, hotéis e até hospitais, estavam cadastrados para a coleta de óleo saturado. O biodiesel produzido era utilizado para abastecer a frota de veículos da própria Agespisa e os subprodutos resultantes do processo eram destinados a entidades populares para fabricação de sabão, gerando emprego e renda para famílias carentes.

A Agespisa chegou a coletar 120 mil litros de óleo em apenas nove meses, estimulando a participação da sociedade através da concessão de descontos na conta de água, além da manutenção de postos de atendimento na capital. A proposta é que toda essa logística seja colocada em atividade novamente ainda neste ano de 2015.