Produção e consumo

Depois de ter aberto o ano com um crescimento de 4,2%, o mercado de óleo diesel continuou avançando – embora em ritmo mais lento – em fevereiro. Segundo dados recentemente divulgados pela ANP, as distribuidoras comercializaram um pouco mais que 5,24 milhões de m³ no segundo mês de 2025, volume cerca de 3,4% superior ao registrado um ano antes.

No somatório do primeiro bimestre, a demanda nacional passou dos 10,5 milhões de m³, o que faz deste o melhor começo de ano para o segmento em toda a história. Isso mesmo com a colheita da soja demorando a engrenar em função do clima adverso no Mato Grosso, fato que reduziu a demanda por combustíveis tanto no interior das propriedades quanto para o posterior escoamento dos grãos.

Os números finais confirmam que – mais uma vez – tivemos um descolamento entre a demanda e a produção de biodiesel, e que ele foi ligeiramente superior ao que havia sido inicialmente informado. No fim, o déficit beirou os 34 mil m³ contra 31,4 mil m³ previstos.

{viewonly=registered,special}Depois de ter aberto o ano com um crescimento de 4,2%, o mercado de óleo diesel continuou avançando – embora em ritmo mais lento – em fevereiro. Segundo dados recentemente divulgados pela ANP, as distribuidoras comercializaram um pouco mais que 5,24 milhões de m³ no segundo mês de 2025, volume cerca de 3,4% superior ao registrado um ano antes.

No somatório do primeiro bimestre, a demanda nacional passou dos 10,5 milhões de m³, o que faz deste o melhor começo de ano para o segmento em toda a história. Isso mesmo com a colheita da soja demorando a engrenar em função do clima adverso no Mato Grosso, fato que reduziu a demanda por combustíveis tanto no interior das propriedades quanto para o posterior escoamento dos grãos.

Os números finais confirmam que – mais uma vez – tivemos um descolamento entre a demanda e a produção de biodiesel, e que ele foi ligeiramente superior ao que havia sido inicialmente informado. No fim, o déficit beirou os 34 mil m³ contra 31,4 mil m³ previstos.

Além disso, a ANP também revisou ligeiramente – alta de 0,3% – os números para as vendas de diesel em janeiro. Somados esses dois movimentos, os 1,34 milhão de m³ produzidos pelas usinas no primeiro bimestre ficaram aproximadamente 120 mil m³ abaixo do volume que teria sido necessário para suprir toda a demanda interna e mais as exportações registradas ao longo desse período.

Tampouco as entregas de biodiesel foram suficientes. Os fabricantes reportaram perto de 1,39 milhão de m³ entregues para uma demanda superior a 1,44 milhão de m³ no mercado doméstico. Diferença de quase 60 mil m³.

Puxando o comboio

Em fevereiro, o óleo diesel se saiu muito melhor do que os outros combustíveis que fazem parte da contabilidade regulada pela ANP. O consumo de combustíveis do ciclo Otto – etanol e gasolina – ficou praticamente estável em relação a fevereiro de 2024, com uma variação de meros 0,1%.

Em grande parte, esse resultado foi condicionado pela queda de 4% no consumo de etanol hidratado, que não pôde ser compensada nem pela alta de 2,3% na demanda de gasolina.

Já os demais energéticos acompanhados pela ANP apresentaram baixa de 0,8%, graças a uma queda robusta – de 25,8% ou 38,7 mil m³ – na demanda de óleo combustível.

Centro-Oeste e Nordeste

Desagregando os dados nacionais, o crescimento do consumo de diesel em fevereiro dependeu basicamente dos mercados do Centro-Oeste e do Nordeste, onde o aumento nas vendas foi de, respectivamente, 8,3% e 8,7%. Excluídos da conta, o crescimento do mercado se restringiria a módicos 1%.

Apesar dessa concentração em apenas duas regiões, nenhuma região brasileira teve resultado negativo em fevereiro.

Dos estados brasileiros, o Mato Grosso foi o que mais viu seu consumo aumentar, com acréscimo de 52,7 mil m³ – 14,4% – sobre 2024, o que elevou o mercado mato-grossense para 417,8 mil m³.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com

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