BiodieselBR.com - Conteúdo Patrocinado 09 out 2024 - 15:11

Em julho, a BASF oficializou a ampliação da produção de metilato de sódio em seu complexo industrial em Guaratinguetá (SP) para 90 mil toneladas anuais. Este foi o segundo aumento da planta desde que ela entrou em operação, em 2011, o que nos garante um testemunho da seriedade com que o grupo industrial de origem alemã acompanha a evolução do mercado de biodiesel na América do Sul.

Conversamos, sobre esse assunto, com o gerente sênior de Metilato de Sódio da BASF, Flavio Iwassa.

BiodieselBR.com – Quando e por que a BASF tomou a decisão de ampliar a fábrica de metilato de Guaratinguetá?

Flavio Iwassa – Como somos parceiros estratégicos na cadeia de biodiesel, temos um compromisso tanto com os nossos clientes, quanto com o mercado sul-americano. Especialmente no Brasil, a produção segue em crescimento alavancada por legislações estabelecidas para o aumento dos percentuais de mistura obrigatória de biodiesel no óleo diesel. São leis que procuram, não apenas garantir a sustentabilidade no transporte pesado, mas, também, criar oportunidades econômicas para cidadãos e empresas locais. Isso exige um suprimento local confiável de insumos que seja capaz de atender os crescentes requisitos das usinas da região, o que faz da tecnologia de ponta de nosso complexo em Guaratinguetá um importante recurso para suprir a demanda de metilato dos países da América do Sul.

BiodieselBR.com – Com a sanção do Combustível do Futuro se abre o caminho para que o Brasil avance até o B20. A atual capacidade de Guaratinguetá dá conta da demanda?

Flavio Iwassa – O aumento da capacidade nominal da fábrica de metilato de sódio em Guaratinguetá para 90 mil toneladas por ano está alinhado com as expectativas de aumento da mistura obrigatória estipulada atualmente. Nosso objetivo é acompanhar o rápido crescimento da demanda de nossos clientes e dar suporte às necessidades futuras.

BiodieselBR.com – Além da produção metilato de sódio, que outros produtos e serviços a BASF oferece para o ecossistema do biodiesel?

Flavio Iwassa – Somos parceiros da indústria de biocombustíveis, que é uma das fortalezas para a sustentabilidade não só aqui no Brasil, mas na América do Sul como um todo. A região tem um grande potencial para a produção de energias renováveis. Nos orgulhamos de oferecer uma diversidade de produtos e serviços que vão desde o cultivo da soja, passando armazenagem dos grãos, a produção do biodiesel em si, a manutenção dos equipamentos até a logística que que garante a entrega de nosso metilato na porta de nossos clientes de forma muito confiável. Nós também contamos com uma estrutura ativa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) muito focada em bioprodutos. Isso nos permite contribuir com o ecossistema do biodiesel por meio de nossa expertise no desenvolvimento de novas tecnologias, serviços agregados, suporte técnico e soluções químicas que melhorem a eficiência e a sustentabilidade da produção das usinas.

BiodieselBR.com – O metilato fabricado em Guaratinguetá é vendido para outros países além do Brasil? Quais os destinos das exportações?

Flavio Iwassa – Sim, o metilato de sódio fabricado em Guaratinguetá também é exportado, principalmente para países da América do Sul.

BiodieselBR.com – Essa foi a segunda expansão da fábrica de metilato. A primeira aconteceu quando havia perspectiva do mercado brasileiro chegar ao B15 ainda em 2023. Os reveses da mistura no biênio 2021-2022 afetaram o planejamento de vocês?

Flavio Iwassa – A demanda ficou dentro da expectativa. Além disso, sempre estivemos confiantes de que o mercado brasileiro retomaria o crescimento. Por isso, mantivemos a decisão da ampliação da planta de Guaratinguetá.

BiodieselBR.com – A BASF fez algumas operações de barter de insumos por CBios com a 3tentos e a Olfar. A empresa tem feito outras operações desse tipo?

Flavio Iwassa – O negócio com a 3tentos envolvia exclusivamente insumos da área de Soluções para Agricultura. Já com a Olfar, a operação envolveu a troca de CBios por metilato e foi realizada há cerca de um ano, quando a equipe de Agro trouxe, de forma inédita, o metilato para a mesa de negociação. Esse é um modelo de negócios que cria oportunidades para agregar valor ao CBios incentivando soluções que vão na direção de zerar nossa pegada de carbono. Essa é uma meta global da BASF. De lá para cá não tivemos novas operações do tipo, mas acreditamos que ele incentiva a produção de energia renovável ao mesmo tempo em que atende às necessidades de nossos clientes.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com