Os contratos futuros da soja operam em alta na Bolsa de Chicago, impulsionados pela valorização do óleo vegetal após a aprovação no Senado dos EUA de um projeto fiscal proposto pela Casa Branca. Na abertura do pregão, a oleaginosa com prazo para agosto subia 0,83%, a US$ 10,3825 o bushel.
A medida estende créditos tributários para biocombustíveis de baixo carbono, como o biodiesel, o que tende a estimular o uso de matérias-primas agrícolas produzidas no país, destacou a consultoria Granar.
Apesar disso, o fôlego da alta é limitado pela ausência de novas compras chinesas da safra 2025/26 dos EUA e pelo bom desenvolvimento das lavouras, mesmo com previsão de chuvas escassas no Meio-Oeste ao longo da semana, reitera a Granar.
Nesta manhã, os futuros dos cereais também estão no campo positivo. O milho para setembro sobe 0,37%, cotado a US$ 4,0750 por bushel, mesmo com as boas condições das lavouras norte-americanas, que alimentam expectativas de uma safra recorde. O mercado, entretanto, vê a valorização com cautela, já que pesam sobre os preços a falta de avanços comerciais entre os EUA e países importadores durante a gestão Trump, além do avanço da colheita da segunda safra no Brasil, que já começa a entrar no mercado internacional, diz a Granar.
Os preços dos papéis do trigo para setembro aumentam 0,68%, em um movimento de correção após as fortes perdas recentes. O impulso vem da falta de umidade no norte das Grandes Planícies, principal região produtora de trigo de primavera nos EUA. Por outro lado, seguem pressionando os preços o avanço da colheita de inverno no sul da mesma região e o início dos trabalhos nos demais países do Hemisfério Norte.
Isadora Camargo – Globo Rural