As ações da Brasil Ecodiesel são as prediletas dos investidores dentro do agronegócio. Muito embora a disputa tenha sido acirrada, a conclusão é extraída de enquete realizada pela InfoMoney ao longo da semana passada.

Dos 2.192 usuários que responderam à pergunta "Qual papel relacionado ao agronegócio é o seu preferido?", 607 (ou 28% do total) votaram na opção correspondente aos títulos da Brasil Ecodiesel.

Analistas também de olho

De um modo geral, analistas também parecem partilhar da opinião favorável a respeito dos papéis da companhia ligada ao ramo do biodiesel. Segundo o site da empresa, há atualmente quatro instituições que apresentam cobertura de seus títulos: Bulltick, Citigroup, Credit Suisse e Fator Corretora, sendo que três relacionam recomendação de "comprar" e apenas o Credit Suisse atribui a sugestão "neutra".

Como pontos benéficos à Brasil Ecodiesel, é recorrente os analistas lembrarem da posição de destaque no mercado brasileiro de biodiesel, do apelo pela adoção dos combustíveis alternativos, do prognóstico de rápido crescimento setorial e da Lei do Biodiesel, que prevê a adoção do percentual mínimo obrigatório ao óleo diesel mineral de 2% em 2008 e 5% em 2013 (sendo que há rumores de uma antecipação deste percentual para 2010).

Em contrapartida, alguns riscos usualmente são levantados. A Fator Corretora, por exemplo, lista: risco de governança - pois o maior acionista é desconhecido -, volatilidade de preços das commodities agrícolas e falta de triggers no curto prazo, dado que grande parcela das vendas de biodiesel de 2007 será entregue no segundo semestre.

Friboi e Cosan completam o pódio

Na cola das ações da Brasil Ecodiesel, os papéis da Friboi receberam 509 - 23,22% - manifestações. Trata-se do maior frigorífico de bovinos do mundo, após a aquisição da Swift, e a posição de destaque em seu setor eleva a atratividade dos títulos, sobretudo quando se considera seu desempenho não tão expressivo desde a listagem na Bovespa.

Também compondo o pódio, as ações da Cosan, com 508 votos, apresentam quase a mesma popularidade do segundo colocado. Além da representatividade da empresa no ramo do açúcar, as boas perspectivas para o segmento de etanol usualmente são lembradas pelos analistas. Entretanto, teme-se um excesso de oferta de açúcar e também de álcool, o que ajuda a explicar a fraca performance dos títulos em 2007.