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Negócio

Petróleo fecha em alta e Brent encerra acima dos US$ 75 pela 1ª vez desde outubro de 2018


Valor Econômico - 24 jun 2021 - 09:06

Os preços do petróleo encerraram a quarta-feira em alta, impulsionados por uma nova queda nos estoques semanais nos Estados Unidos, e a referência global do Brent fechou o dia acima dos US$ 75 o barril pela primeira vez desde outubro de 2018.

Os contratos do Brent para agosto subiram 0,50%, a US$ 75,19 o barril, na ICE, em Londres. Enquanto isso, os preços do West Texas Intermediate (WTI) para o mesmo mês avançaram 0,31%, a US$ 73,08 o barril na Bolsa de Mercadorias de Nova York.

Os estoques de petróleo nos EUA recuaram o equivalente a 7,614 milhões de barris na semana no dia 18 de junho, a 459,06 milhões, de acordo com dados com ajuste sazonal divulgados hoje pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês).

Os estoques no centro de distribuição em Cushing, Oklahoma, recuaram em 1,833 milhão de barris no período.

De acordo com os dados oficiais do DoE, os estoques de gasolina recuaram o correspondente a 2,93 milhões de barris na semana passada e os estoques de destilados, que incluem diesel e óleo para calefação, subiram em 1,754 milhão de barris, a 137,945 milhões, ante expectativa de alta de 600 mil barris na semana.

Mesmo com os números positivos para os preços divulgados pelo governo americano, a reação de preços nas referências da commodity foi limitada, já que dados divulgados ontem pelo Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) haviam apontado queda de 7,2 milhões de barris de petróleo na última semana.

"Os estoques de petróleo comercial dos EUA caíram novamente na semana passada. No entanto, com a demanda implícita para a maioria dos produtos e a atividade da refinaria perto dos níveis pré-pandêmicos, acreditamos que o ritmo de queda nos estoques se estabilizará", afirmou Adam Hoyes, economista assistente da Capital Economics.

Segundo o analista-sênior de mercados da Oanda, Edward Moya, a demanda bruta por energia ultrapassará facilmente qualquer oferta que volte ao mercado nos próximos meses de verão no Hemisfério Norte.

"A notícia da Carnival de que oito marcas de linhas de cruzeiro serão retomadas nos Estados Unidos, Caribe e Europa é um sinal claro que esta temporada de viagens de verão será intensa", afirmou.

Gabriel Roca – Valor Econômico