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Pesquisa

Embrapa mapeia distribuição de culturas agroenergéticas


Assessoria de Imprensa Embrapa - 25 abr 2013 - 16:47 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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Lançado nessa terça-feira (23), o “Cenários territoriais para 15 produtos agroenergéticos” apresenta as microrregiões em que se concentram as principais culturas agrícolas que estão ou podem ser inseridas nas cadeias produtiva da bioenergia no Brasil. O documento foi preparado pela Embrapa Agronergia e traça cenários para expansão dos cultivos nos próximos cinco anos.

Foram abordadas: cana-de-açúcar, dendê, mamona, soja, babaçu, buriti, pequi, tucumã, amendoim e coco-da-baía, além de produtos da silvicultura (carvão e lenha) e da extração vegetal (carvão, lenha e madeira em tora). Para cada um deles, o documento apresenta o mapa com a distribuição espacial dos conglomerados de produção a participação dessas regiões no volume de produção nacional e projeções de futuro.

Um dos autores do documento, o pesquisador da Secretaria de Gestão Estratégica da Embrapa Fernando Luís Garagorry, explica que a motivação para estabelecer cenários territoriais para produtos agroenergéticos surgiu de um estudo anterior sobre a concentração espacial e a dinâmica da agricultura brasileira. “A concentração espacial refere-se, em termos simplificados, ao fato de que, para qualquer produto, há uns ‘poucos lugares’ onde ele se concentra”, diz. Para o técnico, identificar territórios onde se tem concentrado parte substancial da produção de determinada cultura e indicar possíveis evoluções dessa distribuição espacial são ações que contribuem para o planejamento de projetos de pesquisa, serviços de crédito e assistência técnica e ações de defesa sanitária, por exemplo.

O estudo também pode ser aplicado nas avaliações de mudanças no uso direto e indireto da terra, um dos principais indicadores de sustentabilidade da cadeia produtiva dos biocombustíveis. É o que ressalta o chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agroenergia, José Manuel Cabral, também autor do documento. Ele destaca ainda que os dados levantados são importantes para análises em que a localização geográfica é fator determinante, tais como necessidade de armazenamento de colheita e estabelecimento de cadeias logísticas de fornecedores de matérias-primas.

Esse tipo de análise ganha particular importância num momento em que a biomassa conquista cada vez mais importância como fonte de energia sustentável em todo o mundo. No Brasil, ela é responsável por 30,5% da matriz energética nacional – superando até mesmo da hidroeletricidade que tem participação de 14,7%.

O documento pode ser acessado na íntegra clicando aqui.