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Soja

Soja subvalorizada não reflete alto risco da safra


Reuters - 28 nov 2012 - 10:57 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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Os preços da soja estão muito baixos e não refletem o possível risco de aperto da oferta global caso a decisiva colheita de soja da América do Sul sofra com estragos climáticos no início de 2013, disseram analistas de oleaginosas da consultoria alemã Oil World nesta terça-feira (27).

"Em nossa opinião os preços da soja e outras oleaginosas estão subvalorizados considerando os riscos de produção na América do Sul e os baixos estoques globais disponíveis pouco comuns no início de 2013", disse a Oil World.

"Os estoques de soja serão esvaziados à mínima de vários anos, com 49 milhões de toneladas no início de 2013, quando as safras da América do Sul começam a rodar. Eles estão 21 milhões de toneladas abaixo do ano passado e não deixam quase nenhum amortecedor para danos da safra."

Os preços da soja atingiram máximas recordes em setembro [http://www.biodieselbr.com/noticias/materia-prima/soja1/soja-recorde-acima-us18-bushel-200912.htm], com uma seca histórica afetando a safra norte-americana. Em meados de novembro, as cotações recuaram de volta aos níveis de antes da seca graças a uma colheita norte-americana maior do que inicialmente previsto e as iminentes supersafras da América do Sul que poderão aliviar a oferta global no início de 2013.

Um clima desfavorável à semeadura nos grandes exportadores Argentina e Brasil levaram a Oil World a reduzir sua projeção de safra de soja em 2013 em ambos os países, mas um grande aumento ainda é esperado ante o ano anterior.

Os baixos estoques e ofertas dos EUA vão significar que o mundo precisará urgentemente das exportações de soja sul-americanas em 2013, disse.

"No momento, o mercado está otimista em sua estimativa de produtividade e produção de soja na América do Sul", disse a consultoria alemã.

Com a previsão de os Estados Unidos exportarem mais de 80% do volume de soja disponível para embarque até fevereiro de 2013 e os estoques da oleaginosa com forte redução, os volumes mensais a serem embarcados pela América do Sul terão de ser recordes a partir de março de 2013, apontou.

Michael Hogan - Reuters
Com adaptações BiodieselBR.com