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Mamona

BMG Agro insere a mamona em sua cultura de rotação


BiodieselBR.com - 31 jul 2023 - 15:05

A mamona pode ser uma boa opção para a rotação de culturas em Minas Gerais. A adição da oleaginosa ao sistema produtivo começou a ser testada pela BMG Agro – empresa que controla fazendas produtoras de soja, milho, feijão e pecuária em Minas e na Bahia – este ano. Os testes estão sendo feitos na propriedade do grupo em Morada Nova (MG), município a cerca de 280 km de Belo Horizonte.

Segundo o diretor da empresa, Bruno Sampaio, a mamona tem sistema radicular mais “agressivo” o que ajuda a descompactar os solos. Além disso, as plantas favorecem a reciclagem de nutrientes e inibem a passagem de pragas e doenças entre safras subsequentes. “A mamona é uma oleaginosa com destacada importância no Brasil e no mundo, como fornecedora de matéria-prima industrial de inúmeros produtos”, pontua o executivo.

Em Morada Nova, o sistema que está sendo testado é a rotação com trigo e feijão. “Sempre que possível, o esquema de rotação deve conter uma espécie que produza muita biomassa (palhada) para cobrir o solo e ser fonte de matéria orgânica; e outra, da família das leguminosas, que fixe nitrogênio no solo”, destaca Sampaio apontando que outros sistemas têm sido testados na região do cerrado e do semiárido.

Retomada

Embora tenha gerado muita expectativa no mercado nos primeiros anos do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) quando foi considerada uma opção para a produção de óleos vegetais no semiárido brasileiro, o cultivo da mamona nunca chegou a se consolidar.

A área planta que chegou perto dos 220 mil hectares na safra 2010/11 desabou para apenas 28 mil hectares na safra 2016/17. Nos últimos anos, contudo, a cultura vem reconquistando espaços. Segundo estimativas da Conab, a mamona deverá ocupar 51 mil hectares no ciclo atual e atingir produção de 91,5 mil toneladas – maior volume nos últimos 12 anos.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com

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