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Macaúba

Minas quer ciar polo de produção de macaúba para bioquerosene


Agência Minas - 26 nov 2014 - 10:08 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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Esta semana foi lançada a Cadeia Extrativista da Macaúba que pretende viabilizar a exploração econômica dos maciços naturais desta palmeira nativa que tem elevado potencial de produção de óleo por hectare em municípios do centro-oeste do estado. A iniciativa é da Plataforma Mineira de Bioquerosene – consórcio formado por empresa e pelo governo mineiro – que pretende usar o óleo de macaúba como matéria-prima para a produção de bioquerosene de aviação (bioQAV).

A implantação da cadeia de valor do bioQAV em Minas Gerais é uma oportunidade para gerar desenvolvimento ao permitir a integração da agricultura familiar e empresarial num mercado crescente. O grupo é composto pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SEDE), como a Boeing, a Embraer, a Gol Linhas Aéreas, GE do Brasil, International Air Transport Association (IATA), além de agências de pesquisa e fomento, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Instituto Interamericano de Cooperação Agrícola (IICA) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

No momento, o grupo está focando o primeiro elo da cadeia produtiva por meio do estímulo à oferta de insumos para a produção de biomassa em Minas. A partir do novo arranjo produtivo local (APL) agricultores e comunidades extrativistas da cidade de Dores do Indaiá alvo terão um plano de manejo das áreas nativas de macaúba. Drones serão utilizados para mapear e georreferenciar os maciços naturais da palmeira tendo como objetivo preparar um plano de ação para a colheita de 2015/2016.

A região conta com aproximadamente 200 mil hectares da palmeira o que permitiria a produção de 2 milhões e meio de toneladas de óleo. Os frutos que forem colhidos serão adquiridos pelo Consórcio MacaúbaBR que é formado por quatro empresas – a Acrotech, Soleá, Dibio e Curcas – e processados para a obtenção de óleo bruto. A meta inicial é a compra de 1 mil toneladas de frutos nessa safra, volume que pode ser ampliado nos próximos anos. “Esse é um passo concreto para o desenvolvimento da cadeia de produção da biomassa utilizando a macaúba como matéria-prima”, afirma o presidente da Curcas Diesel Brazil, Mike Lu, uma das empresas que compõem o Consórcio MacaubaBR.

Para o subsecretário da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDE), Luiz Antônio Athayde, o desenvolvimento da cadeia produtiva do bioQAV é promissora. “Temos que avançar rápido para dominar a tecnologia e ganhar escala na produção de energia renovável. A rota da macaúba, visando à produção do querosene verde é muito promissora. O Estado tem que fazer parte desta nova cadeia de valor que vai se formando no mundo, que implica em ‘plantar’ combustível renovável”, destaca.

Com adaptação BiodieselBR.com