Produtores já têm a disposição sementes de dendê BRS Manicoré

Um dos principais entraves para a expansão da palma-de-óleo no Brasil tem sido o amarelecimento fatal (AF), doença que acomete a palma africana – variedade comercial mais comum – e pode dizimar dendezais inteiros. Por isso, a Denpasa está colocando a disposição do mercado um lote de três milhões de sementes pré-germinadas e de mudas de uma variedade híbrida imune ao problema, a BRS Manicoré.

A cultivar hibrida foi lançada pela Embrapa em outubro de 2010. A variedade foi desenvolvido a partir do cruzamento entre o dendezeiro africano (Elaeis guineensis) e o caiaué (Elaeis oleifera) – espécie de palmeira natural da região Amazônica.

A resistência da cultivar ao AF a torna ideal para o cultivo em regiões indicadas pelo zoneamento climático da palma-de-óleo, inclusive, em áreas de incidência da doença. Testes nesse sentido têm sido realizados desde 1991, quando começaram a ser plantadas os primeiros cruzamentos de híbridos que dariam origem à atual variedade. A BRS Manicoré apresenta como vantagens adicionais: baixa estatura que facilita o manejo, alta capacidade produtiva, vida útil de 30 a 35 anos e alto teor de oleína (óleo de alto valor agregado).

Segundo Roberto Yokoyama, diretor da Denpasa, empresa parceira da Embrapa Produtos e Mercado na comercialização das sementes, o lote que está sendo colocado no mercado podem atender a demanda de agricultores de toda a região Norte e até de outros países.

Segundo Yokoyama usando técnicas de polinização assistida e de manejo correto dos cachos é possível equiparar a produtividade de óleo por hectare ao das melhores cultivares comerciais de origem africana.

Com adaptação BiodieselBR.com