Programa de biodiesel é "descoordenado"
As atividades relacionadas ao biodiesel no Ceará estão sem coordenação definida e por esse motivo acabam prejudicando os pequenos produtores. É o que afirma o deputado Chico Lopes (PCdoB) que propôs a realização da audiência pública que acontece hoje às 14h30 no auditório Murilo Aguiar, na Assembléia Legislativa, para discutir o assunto.
Segundo o deputado, o programa de biodiesel no Estado tem um caráter social "muito profundo", já que "é uma maneira de manter o homem campo em sua terra". No entanto, ele afirma que a disputa pelo mercado do biodiesel está evoluindo sem planejamento e sem preocupação com os pequenos produtores.
Chico Lopes também diz não saber se a coordenação do programa está a cargo do Governo do Estado, do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) ou se é um modelo "salve-se quem puder". E para discutir o assunto, foram convocados para a audiência representantes da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado (Seagri), do Dnocs, do Banco do Nordeste e do Banco do Brasil.
O Ceará, que é destaque na pesquisa sobre biodiesel no País com o Programa Mamona do Ceará e possui usinas do combustível em Quixadá, Quixeramobim e Tauá, deve ter a produção expandida para municípios como Piquet Carneiro, Limoeiro do Norte, Russas, Itapipoca, Sobral e Aracoiaba. Além disso, o Estado vai sediar Instituto Nacional de Pesquisas do Biodiesel, no Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará, ainda com data indefinida para a instalação. mistura de 2% do combustível no diesel comum a partir de 2008 e 5% a partir de 2013.
