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Bioquerosene

MME compila informações sobre bioquerosene


BiodieselBR.com - 05 jun 2012 - 13:59
Bioquerosene-050612A edição de maio do Boletim dos Combustíveis Renováveis, elaborada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), traz uma compilação de iniciativas em prol do bioquerosene ao redor do mundo. Embora as iniciativas se proliferem, ainda não é possível ter certeza do futuro do negócio. Aliás, o transporte aéreo sofre com a dificuldade em tornar o combustível viável em escala comercial.

Apesar das incertezas, 17 companhias do mundo, ao todo, já usam o bioquerosene nas misturas em escala comercial. Em geral, as matérias-primas mais comuns são o óleo de cozinha e o pinhão-manso. O trecho entre Amsterdã, na Holanda, e Paris, na França, coordenado pela KLM, e as escalas entre Hamburgo e Frankfurt, na Alemanha, da Lufthansa, já usam o combustível de forma regular. O mesmo ocorre na Aeromexico (Cidade do Mexico-San Jose), Thomson Airways (Birmingham-Arrecife, Espanha) e na Alaska Airlines(Seattle-Portland e Seattle-Washington) – veja a tabela abaixo.

Voo comercia2-050612

Neste mês, a companhia japonesa All Nippon Airways (ANA) fez o primeiro voo com um boeing 787 entre Washington e Tokyo. Ao querosene convencional, foi misturado o bioquerosene à base de óleo de cozinha, o que reduziu em 30% a emissão de CO2. Da mesma forma, a Porter Airlines, do Canadá, realizou o primeiro voo comercial com o biocombustível. A mistura foi de 50% ao querosene tradicional (49% de camelina e 1% de mostrarda), concluindo um programa de testes iniciado em 2010.

Além disso, desde 2008, outros treze itinerários tiveram como fonte o bioquerosene de aviação em testes. Um deles foi realizado pela TAM, em novembro de 2010, tendo o pinhão-manso como base para a mistura. Recentemente, outra companhia aérea brasileira, a Azul, anunciou que vai testar o biocombustível durante a Rio+20.

Voo Teste050612

Redução
De acordo com o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, a aviação responde por 2% das emissões de CO2 – estima-se que, até 2050, chegue a 3% em razão do aumento da demanda. Com isso, a indústria estabeleceu metas para reduzir ou ao menos limitar esse impacto sobre o clima e observou os biocombustíveis como oportunidade de negócio.

Vinicius Boreki - BiodieselBR.com