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Política

Presidente Dilma Rousseff fala sobre biodiesel


BiodieselBR.com - 14 fev 2012 - 08:00 - Última atualização em: 27 fev 2012 - 00:12

Quando o biodiesel foi oficialmente lançado no final de 2004, dificilmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixava passar uma oportunidade de falar as vantagens do novo biocombustível. Eventualmente a empolgação inicial passou e as menções começaram a escassear, atualmente o Planalto deixa o assunto praticamente a cargo dos ministérios diretamente envolvidos.

Até então o momento que a presidente mais falou publicamente sobre o assunto foi em uma entrevista à BiodieselBR, durante a campanha presidencial. Hoje, o biodiesel voltou ser mencionado pela presidente Dilma Rousseff na coluna “Conversa com a Presidenta” desta semana.

Na coluna de hoje – republicada por jornais de todo o Brasil –, a presidente responde perguntas e dúvidas enviadas por cidadãos comuns e selecionadas pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República.

A pergunta em questão foi enviada pelo aposentado alagoano Carlito Amaral que estranhou o desaparecimento das menções sobre da produção de matérias-primas para a indústria do biodiesel por agricultores familiares dos discursos oficiais. Embora sem novidades em relação a informações já repassadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a resposta da presidente Dilma procura fazer um balanço de todas as contribuições do biodiesel para agricultura familiar nesses últimos 07 anos.

Carlito B. S. Amaral, 63 anos, aposentado em Maceió (AL) – Nunca mais ouvi falar em agricultores familiares produzindo matéria-prima para a fabricação de biodiesel. Não deu certo?

Dilma Rousseff – Ao contrário, Carlito, a produção de matéria-prima pelos agricultores familiares para as usinas de biodiesel tornou-se um excepcional programa de inclusão social. O número de estabelecimentos da agricultura familiar que participam do Programa Brasileiro de Produção e Uso de Biodiesel passou de 16 mil, em 2005, para 100 mil, em 2010, e estima-se que tenha chegado a 110 mil, em 2011. O faturamento dos agricultores também aumentou de maneira exponencial, passando de R$ 68 milhões, em 2006, para, segundo estimativas, mais de R$ 1,4 bilhão, em 2011. Ou seja, cresceu 20 vezes em 5 anos. Esse crescimento extraordinário da participação dos agricultores familiares se deve, em boa medida, à organização em cooperativas. O número de cooperativas passou de 4, em 2006, para 70 atualmente. No final de 2011, já havia no Brasil 56 usinas de biodiesel e, destas, 37 possuem o Selo Combustível Social (66%). O Selo é concedido àquelas que compram dos agricultores familiares, diretamente ou através de suas cooperativas, e lhes prestam assistência técnica rural. Em contrapartida, essas empresas passam a contar com benefícios tributários, melhores condições de financiamento, participação assegurada de 80% do biodiesel negociado em leilões públicos, entre outras vantagens.

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com