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O petróleo voltou a fechar em queda nesta quinta-feira, 4, diante do temor dos operadores de que a oferta possa superar significativamente a demanda nos próximos meses, em particular devido ao aumento da produção da Opep+.

O preço do barril de Brent do mar do Norte para entrega em novembro recuou 0,9%, a US$ 66,99. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate (WTI) para entrega em outubro caiu 0,77%, a US$ 63,48 por barril.

“A contínua oferta elevada e os preços moderados ressaltam o excesso de oferta estrutural do mercado petroleiro”, resumiram analistas do Eurasia Group.

Em apenas alguns meses, a Organização de Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) aumentou suas cotas diárias de produção em 2,2 milhões de barris.

“Informação do mercado tem revelado que a aliança poderia considerar aumentar sua produção” após a reunião, no domingo, de oito de seus membros, explicou o analista John Plassard, da Cité Gestion Private Bank.

Estes boatos foram desmentidos pelo vice-primeiro-ministro russo e ex-ministro de energia Alexander Novak, que disse que o grupo não tinha nenhum plano antes da reunião, segundo informações da agência oficial de notícias russa Tass.

Nesta quarta-feira, os preços do petróleo não se beneficiaram da publicação dos inventários semanais nos Estados Unidos ao final do dia.

Segundo a Agência de Energia dos EUA (EIA), as reservas comerciais dos Estados Unidos aumentaram em 2,4 milhões de barris durante a semana encerrada em 29 de agosto, quando os analistas previam uma diminuição de aproximadamente 1,9 milhão de barris.

Ao final do verão no hemisfério norte, durante o qual a demanda costuma ser alta, a quantidade de produtos entregues no mercado americano, um indicador implícito da demanda, recuou 4,5%.

Esta incerteza a respeito das cotas da Opep+ no curto prazo “ofuscou por completo a geopolítica”, enfatizou o analista-chefe Arne Lohmann Rasmussen, da Global Risk Management.

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