Soja

A equipe de meteorologistas da Nottus avalia que a chegada da primavera, a partir da próxima semana, deve trazer condições positivas para o setor elétrico e para a agricultura nos próximos meses.

Nas primeiras semanas da nova estação, as chuvas devem ser mais organizadas principalmente nos três estados da região Sul. “Logo nos primeiros dias esse sistema ele vai ser importante”, destacou a meteorologista sócia da Nottus, Desirée Brandt.

A especialista avalia que, nas próximas semanas, ainda devem acontecer episódios de frio, mas com menor intensidade do que o observado no último inverno, com as temperaturas se elevando com mais facilidade.

De acordo com ela, o início efetivo do período úmido nas áreas centrais do país deve acontecer em outubro. Já em novembro, a tendência é que haja uma intensificação no eixo Sudeste-Norte, com a expectativa de volumes acima da média em boa parte do território.

A consolidação da temporada de chuvas acontece em dezembro, quando devem ocorrer acumulados expressivos desde o Sudeste até a região Norte do país, além de registros importantes no Sul.

Desta maneira, para o setor elétrico, a previsão para a primavera é considerada favorável. A equipe da Nottus avalia que, apesar da possibilidade de retorno do fenômeno climático La Niña, não á risco de estiagem prolongada no Sul.

O sócio-diretor da Nottus, Alexandre Nascimento, avalia que nos próximos meses, a geração eólica e solar tende a perder força, mas a retomada das chuvas deve compensar essa redução. “Esse equilíbrio é essencial para garantir a segurança do abastecimento energético no Brasil”.

Já em relação à carga, a avaliação neste momento é que não devem ocorrer eventos de ondas de calor prolongadas, o que poderia puxar para cima o consumo de energia. “Claro que em alguns momentos deve fazer calor mas serão picos de calor com curta duração, intercalados por episódios ali de alguma chuva”, destaca Desirée Brandt.

Agricultura

Para a agricultura, a previsão também é positiva. Na avaliação dos meteorologistas, a chuva deve evoluir gradativamente pelas áreas produtoras, começando pelo Sul, passando pelo Cerrado e até chegar no Matopiba, que compreende áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e da Bahia.

Esse cenário permitirá que o plantio da produção da safra de grãos, especialmente, soja e milho de verão 2025/26 ocorra de forma gradual, mas dentro do calendário previsto.

Wilian Miron – Agência Estado

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