Conferência BiodieselBR

Com a Lei do Combustível do Futuro, o mandato do biodiesel tem o maior horizonte de crescimento de toda a sua história. Se tudo correr bem, a mistura poderá avançar 10 pontos percentuais, chegando ao B25. Se o cronograma sugerido no texto da lei for, de fato, respeitado, os primeiros cinco pontos devem vir até 2030. A partir daí, no entanto, dependerá do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que tem autonomia para definir o cronograma de avanço das misturas entre B20 e B25.

Evidentemente, isso levará a indústria brasileira de biodiesel a um novo patamar. Para entender melhor como pavimentar o caminho para que esse crescimento venha sem sobressaltos desnecessários, a Conferência BiodieselBR 2025 organizou o painel A retomada do crescimento do mercado de biodiesel, reunindo o diretor da área de fora de estrada e estacionários da AEA, Christian Wahnfried; o diretor executivo da FPBio, João Henrique Hummel; o chefe de gabinete do ministro do MDIC, Pedro Guerra; e o diretor da ANP, Pietro Mendes.

Viabilidade técnica

Um tema que há muito tempo assombra – e opõe diferentes elos – da cadeia do biodiesel é o teto para o uso de misturas de biodiesel em motores não modificados. Todos concordam que há um limite, mas, tradicionalmente, os fabricantes de biodiesel veem um teto mais alto do que as montadoras e sistemistas. Não foram poucos os momentos em que essa discordância assumiu ares de polêmica aberta.

Em sua fala, o engenheiro Christian Wahnfried resgatou o “cabo de guerra” entre os dois lados dessa disputa, na época em que foram feitos os testes que validaram o uso de misturas até B15, e apontou que, nos últimos seis anos, a indústria automotiva passou por mudanças consideráveis. “Na época [dos testes do B15], entendemos que o Brasil tinha alguns diferenciais em relação a outros mercados relacionados às matérias-primas usadas, ao clima e à carga dos veículos que circulam por nossas estradas”, enumerou. Nada disso mudou, mas, nos últimos anos, o país mudou suas regras de emissões. “Lá atrás éramos Euro 5 e, hoje, somos Euro 6”, comentou, apontando que outros mercados de biodiesel adotam padrões menos rígidos.


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