Biodiesel

A Galp coloca nas mãos do Governo a responsabilidade do adiamento do seu projecto industrial na área do biodiesel, para Sines e Matosinhos, avaliado em 350 milhões de euros. Cenário que remete a produção de biodiesel de segunda geração para um horizonte pós 2014.

Em causa está a indefinição das regras de jogo do setor.

"O quadro regulatório é crucial. Antes disso não haverá qualquer investimento estrutural. Estamos a desenvolver a matéria-prima no Brasil e em Moçambique. Depois avançarão as unidades processuais. Mas tem que aparecer legislação clara e de longo prazo", afirmou Hugo Pereira, o responsável da Galp por este segmento de negócio, durante o seminário Energia e Inovação, promovido no final da passada semana pela Associação Portuguesa de Energia. Declarações que se seguem aos sinais dados pelo próprio presidente executivo da Galp, Ferreira de Oliveira, ao incluir, há duas semanas, o biodiesel na lista de projectos reprogramáveis. Com esta decisão, Sines vê outro grande projecto ser adiado.

Os investidores sabem apenas com o que podem contar até 2010, data em que Portugal se comprometeu a incorporar 10% de biocombustíveis no gasóleo usado nos transportes rodoviários, antecipando em 10 anos os objectivos da Comissão Europeia.

Ana Maria Gonçalves

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