O governo malásio recebeu críticas da indústria de biodiesel depois de uma tentativa anterior de reduzir a mistura proposta para 3%, visando a conter subsídios governamentais necessários para o programa. O ministro de Commodities, Bernard Dompok, afirmou em outubro que o governo precisaria gastar US$ 73,5 milhões por ano para subsidiar uma mistura de 5%.
O plano original começaria utilizando diesel misturado em veículos do governo, seguido por uma expansão para incluir os setores industrial e de transportes e, eventualmente, cobriria todo o combustível vendido no país até fevereiro de 2010. Contudo, a implementação do programa perdeu vários prazos antes de o governo ter dito no ano passado que pode considerar uma mistura menor que 5%.
Produtores de biodiesel argumentam que uma mistura de 3% não seria suficiente para sustentar o setor, que já sofre um enfraquecimento da demanda por parte dos principais compradores na Europa e nos Estados Unidos em razão de políticas de importação restritivas e de dúvidas sobre o potencial de limitação de carbono do produto.
Segundo o Conselho de Óleo de Palma da Malásia, as 10 usinas de biodiesel do país já têm capacidade de produzir dois milhões de toneladas por ano, mas grande parte delas está operando abaixo da capacidade ou foi desativada por conta da fraca demanda e dos elevados preços do óleo de palma.
O produto não é comercialmente viável sem os subsídios do governo se os preços dos insumos estiverem muito altos. Para produtores e analistas, com os preços do óleo de palma cru atualmente em torno de 2.600 ringgits por tonelada, o petróleo teria que ser negociado a US$ 100 o barril ou mais para tornar o biodiesel viável sem os benefícios. As informações são da Dow Jones.