Por conta de um nicho de mercado que movimenta 1,5 milhão de toneladas de óleo de peixe anualmente, a Imcopa está estudando há dois anos a substituição do óleo obtido principalmente da anchoveta, um peixe em extinção, por um óleo obtido de algas marinhas e também rico em ômega 3 e 6.
Este óleo é utilizado essencialmente na produção de um farelo que alimenta a criação de salmão em cativeiro em várias partes do mundo, o que lhe garante o tom róseo único e saboroso da sua carne.
A empresa paranaense conseguiu US$ 10 milhões da Finep - Financiadora de Estudos e Pesquisas para envolver laboratórios e universidades na pesquisa que já identicou quatro espécies de algas marinhas promissoras, duas existentes na costa brasileira - há algas que produzem até 100 vezes mais óleo em um hectare do que a soja. "É um passo importante para novas fontes de produção de óleo e os estudos vão demorar pelo menos mais dois anos. Só aí entraremos na planta industrial para substituir o óleo de peixe, que começa a ter dificuldades de produção", diz o diretor de operações, Enrique Marti Traver. " A próxima etapa é estudar como produzir algas em grande quantidade". A pesquisa é única no mundo, pelo que se sabe, o que pode garantir para a empresa um novo nicho de atuação.
Norberto Staviski