Biodiesel

A Bionasa, que está construindo em Porangatu, norte de Goiás, uma das maiores indústrias de biodiesel do país, vai contratar agricultores do oeste baiano para fornecimento de girassol. A unidade contará com investimentos de R$256 milhões e iniciará as operações em julho de 2008. Vai fabricar inicialmente 220 mil toneladas do biocombustível por ano, volume que deve dobrar quando atingir a capacidade plena, prevista para 2010. Segundo o presidente da Bionasa, Francisco Barreto, a partir de novembro, consultores da companhia vão realizar visitas a associações, cooperativas e pequenos e médios produtores independentes da região para formalização das parcerias.

“Temos total interesse em manter uma relação estreita com produtores do oeste baiano, pela qualidade e profissionalismo que existe na área agrícola da região”, salienta Barreto, que, junto com um grupo de empresários baianos, é proprietário também da fábrica de charutos Menendez & Amerino, instalada em São Gonçalo dos Campos. O executivo não soube informar a quantidade de girassol que será adquirida de cada localidade. “Tudo vai depender da agressividade do agricultor e da oferta de cada região”, diz. Futuramente, a empresa pretende também utilizar o pinhão-manso, estimulando a produção na região Centro-oeste do país.

O presidente da Bionasa destaca as vantagens do girassol, como facilidade de adaptação no cerrado brasileiro, resistência à falta de água, ao frio e ao calor e alto teor de óleo – em torno de 40%. Toda a produção da fábrica será exportada, para a Europa, Estados Unidos e Ásia. Da produção inicial, de 220 mil toneladas/ano, cerca de 160 mil serão produzidas a partir do girassol. A soja e a gordura animal serão as outras duas matérias-primas complementares que a empresa pretende adquirir.

Adriana Patrocínio

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