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A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) reduziu suas projeções para a demanda global de petróleo neste ano em meio à disputa comercial. E em sua primeira avaliação de 2026 previu um superávit de abastecimento persistente.

A agência reduziu as projeções para o crescimento da demanda em 2025 em expressivos 300 mil barris por dia — ou quase um terço — para 730 mil barris por dia, de acordo com um relatório mensal divulgado nesta terça-feira. Metade da redução se concentrou nos Estados Unidos e na China, países envolvidos em uma guerra comercial acirrada.

O crescimento do consumo será mais lento em 2026, com 690 mil barris por dia, devido a "um ambiente macroeconômico frágil" e à crescente popularidade dos veículos elétricos, afirmou a agência com sede em Paris.

"A deterioração das perspectivas para a economia global em meio à repentina e acentuada escalada das tensões comerciais no início de abril levou a um rebaixamento de nossa previsão", escreveram analistas da AIE.

A agência também reduziu as estimativas para novos suprimentos fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) neste ano em 200 mil barris por dia, para 1,3 milhão de barris por dia.

Esses acréscimos de oferta serão mais do que suficientes para satisfazer à demanda contida tanto neste ano quanto no próximo. Em 2026, a produção fora da Opep+ aumentará em 920 mil barris por dia, com o crescimento ainda dominado pelos EUA, Brasil, Canadá e Guiana. O excedente global aumentará para 1,7 milhão de barris por dia durante o primeiro trimestre do próximo ano, de acordo com dados da agência.

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