Ele rende mais que outros tipos de matéria prima, como a soja e a mamona
O produtor José Cabral investiu na produção do legume. Ele acredita que o cultivo de quiabo é uma boa oportunidade de ganhar dinheiro. Eu vendo no comércio de Cássia e para as entidades através da CONAB, nas escolas, hospitais e tenho um freguês do comércio de Franca também, diz José Cabral da Fonseca.
A engenheira da Emater Franciely Augusta de Carvalho acompanha de perto os cuidados com a lavoura. Uma das vantagens é o baixo custo de investimento na produção. Hoje a caixa do quiabo está mais cara que um saco de milho. Então a vantagem é imensa, a colheita é fácil e isso para o pequeno produtor é o principal ponto
Por enquanto, em Cássia, apenas o seu José Cabral produz e vende o quiabo para o mercado local e também para a Conab. Mas essa realidade pode mudar, já que a partir de agora também será possível utilizar o legume para a produção de biodiesel.
O pesquisador Artur Augusto Alves aproveitou o estudo desenvolvido em uma Universidade da Inglaterra para concluir que é possível extrair óleo da semente. Ele é dono da primeira usina que foi autorizada pelo governo a fabricar biodiesel no país. A fábrica que produzia óleo do nabo forrageiro foi inaugurada em 2003 pelo presidente Lula.
Agora é a vez do quiabo. Segundo seu Artur o novo produto além de ter qualidade rende mais que o óleo extraído da soja. A produção de óleo do quiabo por hectare pode chegar a 1500 quilos de óleo contra 480, 500 quilos de óleo de soja por hectare, afirma Artur.
A fabricação de óleo de quiabo ainda em caráter experimental. O objetivo agora é incentivar pequenos produtores do município a fornecer matéria prima para a fabricação de biodiesel. Já que está surgindo esse projeto novo talvez possa vir mais produtores e aderir ao programa de plantio de quiabo e vai gerar emprego e renda para as famílias de Cássia porque vai gastar mais funcionários, diz o técnico da Emater José da Costa Júnior.