Governo do Pará inicia cadastramento da cadeia produtiva do dendê

Esta semana, a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) iniciou o cadastramento agentes ligados à cadeia do dendê no estado. Nessa primeira etapa serão cadastrados os e produtores, transportadores e beneficiadores do fruto que atuem nos municípios de Tomé Açu, Bujaru e Abaetetuba.

No começo do mês passado o governo do estado publicou uma portaria que institui a guia de trânsito vegetal (GTV) para o dendê. A ideia é disciplinar a cadeia.

A cada semana, ao longo do mês de março, os técnicos da Adepará visitarão os municípios da região para efetuar essas ações integradas. Esta é a segunda etapa da implantação da Política de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva da Palma de Óleo no Pará, que passará a exigir, a partir do próximo dia 02 de maio a GTV de caminhões que circulem com cachos frescos de dendê pelo território paraense.

No mês de fevereiro, a Agência de Defesa realizou a primeira etapa da implementação dessa política com a realização de reuniões preparatórias nos principais municípios produtores de dendê no Estado. Esse trabalho contou com a parceria de produtores, sindicatos, empresas e prefeituras. Os técnicos da Adepará visitaram 31 municípios da região conhecida como Vale do Acará, onde está concentrada a maior produção de palma-de-óleo no Pará – o estado é o maior produtor nacional com 2 milhões e 800 mil toneladas do fruto e 500 mil toneladas de óleo.

O objetivo das reuniões foi informar às prefeituras, produtores rurais e comunidades locais sobre a Portaria n⁰ 6143/2023, que criou a GTV do Dendê, uma ferramenta oficial, que vai propiciar a rastreabilidade dos cachos de frutos frescos, além de garantir o efetivo controle fitossanitário e a legalidade desta cadeia produtiva.

O cronograma de atividades segue até o final de abril, quando os fiscais e agentes agropecuários da Agência de Defesa farão o cadastramento de produtores em 31 municípios da região. Na próxima semana, de 11 a 16 de março, as ações ocorrerão nos municípios de Moju e Tailândia.

A coordenadora da ação de cadastro do dendê, fiscal estadual agropecuária Tatiana Assis ressalta que o cadastramento é o ponto primordial desse trabalho e está tendo o apoio do setor produtivo.

“Através desse mapeamento que nós estamos fazendo (...) conseguiremos ter um controle fitossanitário efetivo e, também, a legalidade da cadeia produtiva, uma vez que não existem dados oficiais sobre essa atividade. A partir daí o estado poderá implementar políticas públicas eficientes beneficiando toda essa importante cadeia produtiva no Pará”, explicou a coordenadora da ação de cadastro do dendê, Tatiana Assis.

Rosa Cardoso – Agência Pará
Com adaptação BiodieselBR.com