Camera Agroalimentos poderá salvar Cotricasul
O futuro da Cooperativa Tritícola Cachoeirense (Cotricasul) começou a ser definido. Na última sexta-feira, quando veio à tona a pior crise da história da instituição, culminando com a demissão de 20 funcionários e a ameaça de paralisação das atividades, a direção da Cotricasul se reuniu a portas fechadas com representantes da Camera Agroalimentos S/A, empresa de Tucunduva (RS) que tem como carro-chefe a produção de óleo combustível a partir da industrialização da soja, da canola e do girassol.
Há meses a direção da Camera já vinha negociando com a Cotricasul a venda do patrimônio da cooperativa. Está tudo praticamente certo. Só depende de uma resposta dessa empresa. Parece que a direção da Camera pretende investir pesado na cidade. A tendência é de que as coisas melhorem, pelo menos para os funcionários da Cotricasul que não foram demitidos
As informações dão conta de que a Camera vem para ser uma forte concorrente da Granol na produção de biodiesel e óleo de cozinha. Assim como a Granol, a empresa trabalha também com farelo e casca de soja. Na linha de produção da Camera estão também óleos de girassol e canola, e ainda transporte de cargas, trabalhando também com milho, trigo e arroz. Possui ainda um posto de combustíveis.
Por enquanto, ninguém da direção da Cotricasul quis se manifestar sobre a crise na cooperativa. Nos próximos dias, uma assembleia geral extraordinária deverá ser realizada para discutir os rumos da cooperativa. Informações de bastidores dão conta também de que a Cotricasul vai entregar nos próximos dias o prédio que arrendou do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) na Rua Moron, junto à Praia Velha do Rio Jacuí. A unidade está alugada desde fevereiro deste ano.
A Camera Agroalimentos também esta negociando com a CORISCAL.
