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Residuo

Resíduo de Madeira: Energia


BiodieselBR - 02 fev 2006 - 23:00 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

Os resíduos florestais, obtidos a partir de um manejo correto dos projetos de reflorestamento, pode incrementar a produtividade energética futura das florestas. Também neste campo as estatísticas são deficientes, devido à diversidade regional, faunística, tecnológica, edáfica e climática. Entretanto, Woods & Hall (1994) estimam em 35 EJ/ano (10GW) o potencial energético dos resíduos da extração florestal, no mundo. Parcela ponderável deste resíduo é obtido de forma consolidada, nas plantas de processamento de madeira ou de obtenção de celulose e papel.

Considerando as densidades das madeiras nativa e plantada, estudos indicam que o poder calorífico inferior é de 11,3 MJ/kg e  8.8 MJ/kg , respectivamente. No caso brasileiro, estima-se que a indústria de celulose e papel gere, aproximadamente, 5 Mtoe de resíduos sem aproveitamento energético. Parcela ponderável dos resíduos permanece no campo, na forma de galhadas e restos de tronco, após o corte das árvores, necessitando de profundos estudos para viabilizar seu aproveitamento energético.

O setor de base florestal é analisado considerando dois grandes segmentos
-papel e celulose e produtos de madeira sólida. No Brasil, as empresas atuam em um único segmento, isto é, ou em papel e celulose ou em produtos de madeira sólida. Em países nos quais o setor florestal é mais desenvolvido, como na Finlândia, nos Estados Unidos e no Canadá, as grandes empresas do setor atuam em ambos os segmentos, possibilitando maior competitividade no mercado internacional (ABIMCI, 2003a).

Para a avaliação do potencial de geração elétrica no segmento madeireiro, optou-se por considerar o caso das indústrias que processam madeira em tora na produção de compensados e serrados, nas quais se origina a maior parte dos resíduos do segmento. Nas etapas iniciais de fabricação destes produtos – no descascamento, no corte em serras ou na laminação das toras – são geradas grandes quantidades de casca e cavaco, que podem ser aproveitadas na geração de energia elétrica no próprio local, ou ainda transportadas com relativa facilidade caso sejam comercializadas, pois possuem dimensões que facilitam o seu armazenamento e manipulação.

Por outro lado, empresas que processam a madeira serrada para a fabricação de produtos de maior valor agregado1 tendem a produzir resíduos em menor quantidade e com dimensões mais reduzidas, como a serragem e o pó de madeira, que podem ser aproveitados localmente devido a maior dificuldade de transporte. Segundo dados do IBGE (2003), os Estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm maiores áreas de madeira plantada e os Estados do Pará e Mato Grosso de madeira nativa.