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Estratégia e proposta programática da Agro Energia


BiodieselBR - 01 fev 2006 - 23:00 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

Estratégia e proposta programática

A estratégia prevê a integração de esforços, valorizando os talentos e as competências brasileiras, aproveitando as associações estratégicas com os cientistas internacionais e mantendo uma atuação focada no desenvolvimento das cadeias de agroenergia. Os principais aspectos a considerar são:

a. Equipe técnica multidisciplinar – A complexidade temática da agroenergia exige a constituição de redes de pesquisa complexas com diversidade disciplinar, englobando profissionais de Física, Química, Biologia, Biotecnologia, Engenharias (Agronômica, Química, Ambiental, Elétrica, Eletrônica, Mecânica, Civil), Sociologia e Economia, entre outros;

b. Gestão do Plano de PD & I e TT – A gestão se dará a partir da organização dos atores, implementada por meio de um Consórcio. Os membros do Consórcio constituirão um Conselho Gestor, encarregado da institucionalização dos diferentes processos para garantir a consecução das metas estabelecidas. Cada organização de P&D, participante do consórcio, deverá organizar a sua estratégia interna, aderente aos compromissos assumidos no termo de adesão ao consórcio e em conformidade com as disposições desse Plano;

c. Parcerias organizacionais – Entende-se que alguns atores da PD & I, do agronegócio ou das cadeias de energia possuem importância transcendental para o sucesso da atividade, o que aponta para a necessidade de identificação desses atores, a fim de que constituam parcerias de longo prazo, com característica de entrosamento institucional e organizacional. Estas parcerias se concretizam em uma organização de pesquisa voltada para a agroenergia e os parceiros são entes privados ou públicos, com forte envolvimento na área de C & T, mesmo que o foco principal de seu negócio não seja a pesquisa e o desenvolvimento;

d. Parcerias estratégicas – Consideram-se parceiros estratégicos aqueles capacitados para auxiliar em atividades específicas de determinados programas ou projetos, contribuindo, pontualmente, para o desenvolvimento tecnológico. Tanto as parcerias organizacionais quanto as estratégicas organizar-se-ão em um consórcio para suportar as ações de PD & I em agroenergia;

e. Mobilização de competências – Para a consecução do programa de PD & I contido nesse plano será necessário organizar redes que

extrapolem os limites acadêmicos e que possam atuar como parceiros de pesquisas, contribuindo com sua competência gerencial, base industrial instalada, conhecimento de mercado, etc.

f. Empreendedorismo – A programação de PD & I deve levar em conta a sua contribuição para o desenvolvimento das cadeias produtivas nacionais, bem como retornar aos fundos de pesquisa recursos a título de roialties ou outra forma de remuneração do fator de produção tecnologia, como assistência técnica, consultoria ou outra forma prevista na Lei de Inovação;
 
g. Treinamento – Considerando o grande dinamismo da área, as redes de pesquisa em agroenergia serão, por um lado, fortes demandantes de treinamentos formais e informais, bem como atuarão como receptores de novos profissionais, para aprimoramento de sua formação, preparando-os para atuar não somente nas atividades de PD & I, porém com um forte enfoque no preparo de mão de obra especializada para atuar diretamente no setor produtivo;

h. Fontes de financiamento – O suporte financeiro às ações de PD&I será conferido por fontes orçamentárias ordinárias do Tesouro Nacional; pelo Fundo Nacional de Pesquisa em Agroenergia; pelo orçamento das parcerias constitutivas; por recursos captados por projetos; por recursos dos fundos setoriais ou fundos de suporte à pesquisa; por doações voluntárias; por recursos compulsórios que vierem a ser criados pela Lei; por recursos próprios, provenientes de venda de serviços, estudos, projetos, assistência técnica, roialties, taxas tecnológicas, rendimentos financeiros e outros; por recursos de instituições financeiras, reembolsáveis ou não; por transferências de organizações não governamentais; por recursos transferidos de instituições do exterior, à título de cooperação técnica.

As diretrizes programáticas incluem três grandes vertentes, sendo uma dedicada ao desenvolvimento de tecnologia agronômica, outra para desenvolvimento de tecnologia industrial e a terceira dedicada aos estudos de cunho sociológico, econômico, mercadológico, de gestão e de políticas públicas. A tecnologia agronômica compreende, especialmente, a cana-de­açúcar, as espécies oleaginosas e as florestas energéticas. A tecnologia industrial compreende o desenvolvimento de formas de energia, o uso não energético de produtos e co-produtos, os usos e os impactos dos biocombustíveis. Os demais estudos são de caráter transversal, capilarizados nas cadeias e distribuídos no tempo e no espaço.