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Biodiesel

Soja alcança recorde em 23 anos com rumor de queda na oferta


Bloomberg - DCI - 21 mai 2007 - 07:16 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

Os contratos futuros de óleo desoja subiram na última sexta-feira (18 de maio) e alcançaram sua maior cotação desde junho de 1984, puxados por especulações de que a queda da produção mundial de oleaginosas e a crescente demanda pelo produto para a fabricação de biocombustíveis poderá reduzir as reservas mundiais do óleo vegetal.

Os agricultores norte-americanos pretendem reduzir a área plantada com soja para sua menor extensão desde 1996 e aumentarão sua área plantada com milho visando à produção de etanol a partir do grão.

Os estoques de óleo de palma (azeite-de-dendê) da Malásia caíram 12%, para seu nível mais baixo desde maio de 2004, disse na semana passada o Conselho do Óleo de Palma da Malásia.

A brasileira Companhia Vale do Rio Doce, a maior produtora brasileira de minério de ferro, pretende adaptar as locomotivas de sua rede ferroviária para a utilização de 20% de biodiesel produzido a partir do grão da soja.

“Este é um mercado comprador em óleos vegetais, em vista do crescimento da demanda mundial por biocombustíveis”, disse Anne Frick, analista-sênior de oleaginosas da Prudential Financial Inc. de Nova York.

“A oferta mundial de óleos vegetais está caindo ao mesmo tempo em que cresce a demanda por combustíveis e por alimentos”, disse Frick.

Os contratos futuros de óleo de soja para entrega em julho subiram 0,16 centavo de dólar, ou 0,5%, para 35,15 centavos de dólar a libra-peso, na Bolsa de Mercados Futuros de Chicago. Esse é o maior patamar alcançado pelo produto desde junho de 1984.

Os preços subiram 2,2 % esta semana, em seu nono avanço semanal do último período de 11 semanas.

Os contratos futuros tiveram alta de 37% no último período de 12 meses.

A área plantada com soja nos Estados Unidos deverá cair 11%, comparativamente à do ano passado, para 67,1 milhões de acres (27,2 milhões de hectares).

Será a menor extensão cultivada com a oleaginosa desde 1996, disse em março o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, pelas iniciais em inglês), depois de consultar os produtores do país.

Eles disseram que vão aumentar a área plantada com milho em 15%, para cerca de 90,5 milhões de acres (36,6 milhões de hectares), a partir dos 78,3 milhões de acres (31,7 milhões de hectares) anteriores, devido ao retorno líquido por acre — até US$ 200 superior — gerado pelo grão.