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19º leilão: Deságio recorde


Edição de Out / Nov de 2010 - 15 out 2010 - 13:53 - Última atualização em: 19 jan 2012 - 11:29
Alice Duarte, de Curitiba

A diferença entre capacidade de produção e volume arrematado no 19º leilão não cresceu muito em relação ao leilão anterior, mas o preço caiu e alcançou o maior deságio da história do PNPB.

Uma das explicações para o preço baixo pode estar na opção de algumas usinas por ganhar mais participação no mercado e aumentar os níveis de ocupação. Outra justificativa pode ser o pleito de aumento da mistura da cadeia produtiva. Como o elevado preço do biodiesel atrapalha esses planos, o preço médio de R$ 1,742 pode ser usado como argumento a favor.

Marcos Merlin Boff, diretor da Oleoplan (RS), diz que a maioria das usinas mudou sua estratégia. “No leilão passado, houve a acomodação dos produtores, que limitaram o volume de suas vendas. Agora muitas usinas quiseram ofertar mais e ocupar mais suas unidades. No nosso caso, houve um enfrentamento para ganhar mercado e mais disposição para brigar por preço”, afirma.

O que preocupa agora são as entregas de biodiesel. Como o valor da venda não é rentável para todas as usinas, existe um temor que as empresas optem por entregar apenas 90% do contratado. Como o mercado de diesel está aquecido, pode haver falta de biodiesel no último trimestre, o que servirá como um argumento contra o aumento da mistura.