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Erasmo Battistella confirma que quer comprar fatia da Petrobras na BSBios


Reuters - 05 mar 2018 - 09:09 - Última atualização em: 19 mar 2018 - 09:49

O presidente-executivo Erasmo Battistella, cuja empresa R.P.Bio detém os restantes 50 por cento na BSBios, disse à Reuters que exercerá seu direito de preferência, previsto em um acordo de acionistas, para comprar a participação que a Petrobras colocou à venda no ano passado.

Battistella está otimista com as perspectivas de crescimento do mercado de biodiesel após o governo aumentar, de oito para dez por cento, a quantidade desse combustível que deve ser misturada ao diesel. A mudança foi implementada esta semana, um ano antes do cronograma, ele disse.

“As novas regras diminuem a ociosidade na indústria. Mas ainda temos muitas unidades que não estão vendendo e permanecem fechadas,” disse Battistella em uma entrevista.

A Petrobras anunciou a decisão de vender sua metade na joint venture de biodiesel em dezembro, como parte do plano de desinvestimento da empresa, o qual visa reduzir sua dívida e focar as principais atividades, como a produção de petróleo. Battistella se recusou a revelar o quanto ele estaria disposto a pagar pela participação na BSBios, que atualmente tem capacidade para produzir 576 milhões de litros de biodiesel por ano.

O executivo disse que tem que esperar que a Petrobras conclua o processo de busca de ofertas concorrentes antes que ele possa revelar a seu própria.

O biodiesel é produzido principalmente a partir de óleo de soja no Brasil.

Espera-se que o consumo doméstico de biodiesel do Brasil aumente 26 por cento em 2018, para 5,4 bilhões de litros, após o governo elevar a mistura.

Battistella, que também é presidente da associação do setor Aprobio, disse que o grupo está pressionando o governo a aumentar a mistura de biodiesel a 15 por cento em cinco anos. Por enquanto, a indústria ainda está se recuperando do excesso capacidade instalada, disse ele.

"O setor ficou muito tempo sem aumento de mistura. Acho que agora estamos num momento um pouco melhor."

Ana Mano - Reuters