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Canola

Canola atrai cada vez mais o produtor pela sua rentabilidade


Jornal do Comércio - 26 jun 2018 - 10:08

O cultivo de canola no Rio Grande do Sul vem se expandindo em área nos últimos anos. Utilizada como cultura principal ou cultura complementar, a espécie da família das crucíferas cresce e se aproxima da soja em valor de mercado. Cultivada desde 1974 no Estado, a canola ascendeu economicamente nos últimos anos, devido ao baixo custo de produção, a rentabilidade e as condições térmicas propícias para o seu plantio.

O pesquisador da Embrapa Trigo, Gilberto Tomm, justifica o fato da área de plantio da canola ter se estabilizado nos últimos anos. "A probabilidade é de que esteja ocorrendo uma manutenção da área semeada (sem ingresso de novas áreas)", afirma Gilberto Tomm, pesquisador da Embrapa Trigo, com sede em Passo Fundo (RS). O pesquisador estima em torno de 32 mil a 40 mil hectares plantados no Estado. Na Região de Palmeira das Missões, o produtor rural Vilson Baumgratz, que há quatro anos investe na cultura, prevê um crescimento de mais de 30% na área semeada neste ano (1.050 hectares), em comparação a 2017.

A canola cresce em popularidade por suas propriedades e, principalmente, pelo seu baixo custo de produção. Um dos pontos que esclarecem esse baixo custo, é a independência ao uso de fungicidas. "As principais doenças que acometem a plantação de canola são controladas geneticamente. Desse modo, reduz-se o dispêndio, uma diferença bem grande da plantação de trigo, por exemplo", avalia Tomm. Segundo ele, essa característica permite uma economia de R$ 180,00 a R$ 200,00 por hectare em insumos.

A ligação entre canola e trigo se estende além das características compartilhadas por serem culturas de inverno. Como lavouras complementares e juntos a outros grãos, fazem a rotatividade nas terras gaúchas. "A recomendação tecnológica é fazer uma rotação, onde a canola retorne, em três anos, para a área plantada inicialmente", explica o pesquisador, que ainda aponta ao fato das propriedades da canola elevarem a qualidade do solo, auxiliando na colheita de outras culturas implantadas.

"Usamos a rotação de cultura com a canola e isso melhora as condições do solo para as próximas semeaduras", explica Baumgratz. Esse plantio multicultura, além de fortalecer o solo e garantir melhores qualidades para o cultivo, é uma garantia de investimento, beneficiando o produtor com a diversificação e, consequentemente, com a redução de riscos.

O Rio Grande do Sul concentra mais de 58% de toda a área cultivada de canola no País. O Noroeste do Estado, na Região de Cruz Alta e Santo Ângelo, representa o berço da produção no Brasil. Na safra passada, Cruz Alta obteve 10.600 hectares reservados à canola, já Santo Ângelo apresentou 5.000 hectares.

A expectativa de produtividade, em média, é de colher de 1.475 a 1.500 quilos por hectare, mas os agricultores que apresentam maior domínio no processo, têm obtido rendimentos na faixa de 2.500 quilos por hectare.

Conforme Tomm, a canola é altamente lucrativa, uma vez que a oleaginosa normalmente encontra mercado na época de colheita. Além disso, desde 2016, o preço médio da saca (60kg) entre canola e soja se equivalem. "A canola, provavelmente, é a oportunidade mais importante para aumentar a diversidade de cultivos da produção de grãos no Rio Grande do Sul", esclarece Tomm.
  Baixo custo de produção associação à boa rentabilidade faz com que a canola conquiste adeptos no Rio Grande do Sul

O cultivo de canola no Rio Grande do Sul vem se expandindo em área nos últimos anos. Utilizada como cultura principal ou cultura complementar, a espécie da família das crucíferas cresce e se aproxima da soja em valor de mercado. Cultivada desde 1974 no Estado, a canola ascendeu economicamente nos últimos anos, devido ao baixo custo de produção, a rentabilidade e as condições térmicas propícias para o seu plantio.

O pesquisador da Embrapa Trigo, Gilberto Tomm, justifica o fato da área de plantio da canola ter se estabilizado nos últimos anos. "A probabilidade é de que esteja ocorrendo uma manutenção da área semeada (sem ingresso de novas áreas)", afirma Gilberto Tomm, pesquisador da Embrapa Trigo, com sede em Passo Fundo (RS). O pesquisador estima em torno de 32 mil a 40 mil hectares plantados no Estado. Na Região de Palmeira das Missões, o produtor rural Vilson Baumgratz, que há quatro anos investe na cultura, prevê um crescimento de mais de 30% na área semeada neste ano (1.050 hectares), em comparação a 2017.

A canola cresce em popularidade por suas propriedades e, principalmente, pelo seu baixo custo de produção. Um dos pontos que esclarecem esse baixo custo, é a independência ao uso de fungicidas. "As principais doenças que acometem a plantação de canola são controladas geneticamente. Desse modo, reduz-se o dispêndio, uma diferença bem grande da plantação de trigo, por exemplo", avalia Tomm. Segundo ele, essa característica permite uma economia de R$ 180,00 a R$ 200,00 por hectare em insumos.

A ligação entre canola e trigo se estende além das características compartilhadas por serem culturas de inverno. Como lavouras complementares e juntos a outros grãos, fazem a rotatividade nas terras gaúchas. "A recomendação tecnológica é fazer uma rotação, onde a canola retorne, em três anos, para a área plantada inicialmente", explica o pesquisador, que ainda aponta ao fato das propriedades da canola elevarem a qualidade do solo, auxiliando na colheita de outras culturas implantadas.

"Usamos a rotação de cultura com a canola e isso melhora as condições do solo para as próximas semeaduras", explica Baumgratz. Esse plantio multicultura, além de fortalecer o solo e garantir melhores qualidades para o cultivo, é uma garantia de investimento, beneficiando o produtor com a diversificação e, consequentemente, com a redução de riscos.

O Rio Grande do Sul concentra mais de 58% de toda a área cultivada de canola no País. O Noroeste do Estado, na Região de Cruz Alta e Santo Ângelo, representa o berço da produção no Brasil. Na safra passada, Cruz Alta obteve 10.600 hectares reservados à canola, já Santo Ângelo apresentou 5.000 hectares.

A expectativa de produtividade, em média, é de colher de 1.475 a 1.500 quilos por hectare, mas os agricultores que apresentam maior domínio no processo, têm obtido rendimentos na faixa de 2.500 quilos por hectare.

Conforme Tomm, a canola é altamente lucrativa, uma vez que a oleaginosa normalmente encontra mercado na época de colheita. Além disso, desde 2016, o preço médio da saca (60kg) entre canola e soja se equivalem. "A canola, provavelmente, é a oportunidade mais importante para aumentar a diversidade de cultivos da produção de grãos no Rio Grande do Sul", esclarece Tomm.