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Pesquisa

Ultrassom pode tornar produção de biodiesel mais rápida


BiodieselBR.com - 20 jun 2012 - 12:00
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Os pesquisadores ligados ao Programa de Educação em Biodiesel da Universidade do Idaho, nos Estados Unidos, publicaram no mês passado uma nota tecnológica sobre os benefícios potenciais que o ultrassom pode ter para o processo produtivo do biodiesel. Há evidências de que a nova tecnologia acelera a velocidade e reduz a quantidade de energia gasta no processo produtivo.

Ultrassom é o nome que se dá as onda sonoras com frequências acima dos 20 kilohertz (kHz) – o equivalente a 20 mil ciclos por segundo. Em geral, sons em frequências tão elevadas não são audíveis por humanos. Segundo a nota, essa tecnologia pode ser usada para misturar reagentes que tendem a se separar, exatamente como o óleo e álcool usados na reação de transesterificação, reduzindo drasticamente os tempos reação. Testes realizados em escala de bancada comprovam que a conversão das matérias-primas em biodiesel, auxiliadas por essa tecnologia, se completava entre 5 e 30 minutos.

O que acontece é que ondas sonoras em frequências ultrassônicas são capazes de agitar os fluídos em escala microscópica, produzindo bolhas de cavitação que agitam violentamente os líquidos, misturando-os com mais eficiência do que os reatores convencionais conseguiram. “Adicionalmente, os atuais usuários dessa tecnologia alegam que menos catalisadores e metanol são usados”, lê-se na nota produzida.

Além dessas vantagens, é possível que a substituição dos reatores atuais por ultrassônicos também diminuam o consumo de energia das usinas de biodiesel. O pesquisador da Universidade de Idaho, Brian He, informa que as reações necessárias podem ser alcançadas em temperatura ambiente ou poucos graus mais alta. Situação que reduz a necessidade de geração de calor nas unidades produtivas para aquecer os reagentes. Entretanto, combinar o calor e ultrassom pode ser o caminho para acelerar ainda mais a produção.

O processo ainda não está totalmente otimizado. Os pesquisadores ainda tentam encontrar o espectro de frequência e intensidade mais adequado à fabricação de biodiesel. Segundo Brian He, dentro de cinco anos a novidade terá escala comercial e começará a chegar às usinas.

O documento completo produzido pela Universidade do Idaho pode ser baixado aqui (PDF em inglês).

Fábio Rodrigues - BiodieselBR.com
Tags: Ultrassom