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Pesquisa

Pesquisadores da UFPR premiados por inovação em biodiesel


BiodieselBR.com - 01 out 2012 - 13:55 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) acabou de faturar o Prêmio GE de Incentivo à Pesquisa em Biocombustíveis. O trabalho premiado descreve um novo sistema de coluna reativa que pode ser usada na produção contínua de biodiesel por via etanólica. Organizada pela General Electric (GE), através de seu Centro de Pesquisas Global, a premiação foi anunciada durante o 19° Congresso Brasileiro de Engenharia Química (COBQ 2012), realizado durante a segunda semana de setembro em Búzios (RJ).

Intitulado “Produção contínua de biodiesel utilizando coluna de destilação reativa”, traz os resultados obtidos a partir do sistema inovador empregado na produção de biodiesel. Os dados foram coletados como parte do mestrado de Lourival José dos Santos, desenvolvido sob a orientação do professor do curso de Engenharia Química da UFPR, Luiz Fernando Lima Luz Júnior. O trabalho dos dois, no entanto, é apenas uma parte do esforço de inovação envolvido. Ao todo, o grupo conta com sete pesquisadores dos departamentos de Engenharia Química e de Química da UFPR e da Unicamp que foram responsáveis pelo aprimoramento desse novo sistema tecnológico.

O professor de química da UFPR, Luiz Pereira Ramos, foi o coordenador-geral do projeto tendo feito a ponte entre a equipe responsável pelo desenvolvimento e um edital do CNPQ aberto a pesquisas sobre biodiesel etanólico. “O projeto foi uma concepção de equipe, eu propus o uso de catalisadores heterogêneos e o professor Luis Fernando estava orientando o Lourival, que tinha como tema essa questão da produção de biodiesel etílico em coluna de reação”, contou o acadêmico.

De acordo com o professor Luiz Fernando de Lima Luz Jr, os resultados obtidos até o momento são bastante promissores. “Estamos conseguindo produzir biodiesel quase dentro das especificações da ANP”, disse em entrevista ao portal BiodieselBR. Ele ressaltou que o equipamento usado ainda é um protótipo que está passando por aperfeiçoamentos, mas comprova que existe a viabilidade de concentrar todo o processo de fabricação de biodiesel num único equipamento. “Conseguimos reagir o óleo com o álcool e separar o biodiesel da glicerina no mesmo equipamento”, comemorou. Ao reduzir a quantidade de maquinário necessário, os custos operacionais dos processos industriais tendem a cair.

Ainda segundo o entrevistado, novos avanços deverão ser acrescentados ao protótipo até o começo de março que vem. Nessa data, Emerson Valt, envolvido com a concepção e aprimoramento da nova tecnologia apresentará os resultados de seu trabalho de doutorado que trata justamente do maquinário proposto.

O próximo passo da equipe é patentear a novidade e sair em busca de parceiros interessados em colocar a sistema no mercado.

Fábio Rodrigues – BiodieselBR.com