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Pesquisa

Estudo testa performance de biodiesel feito de microorganismos


BiodieselBR.com - 27 nov 2012 - 09:19 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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Uma recente pesquisa realizada por uma equipe da Utah State University (Estados Unidos) mostrou que o biodiesel feito a partir de microalgas, leveduras ou bactérias pode substituir, sem perda de desempenho, o biodiesel de óleos vegetais. Os pesquisadores examinaram o funcionamento do motor e as emissões dos diferentes biocombustíveis e, ainda, compararam com os resultados do diesel mineral.

Para o estudo, foi escolhido um representante de cada um dos três grupos de microrganismos. A partir deles, produziu-se biodiesel e, ao final, foram comparadas as propriedades dos diferentes combustíveis.

A equipe determinou as principais propriedades físicas de cada biodiesel microbiano e as comparou com biodiesel de soja. Cada combustível foi então utilizado para operar um motor de dois cilindros e injeção indireta. A potência e o torque de saída do motor foram relatados para todo biocombustível e comparados com resultados obtidos do diesel. 

Também foram coletados dados de emissões de cada um.

Eles descobriram que as propriedades físicas selecionadas dos três combustíveis microbianos foram comparáveis com o biodiesel de soja e estão dentro da especificação da ASTM (American Society for Testing and Materials, órgão americano de normatização).

Nos testes, o óleo diesel mostrou a maior potência de arranque (6,33 kW) de todos os combustíveis. O biodiesel de soja registrou uma potência de 6,11 kW, 96,5% do valor obtido para o diesel. Dos combustíveis microbianos testados, o biodiesel proveniente de bactérias teve a menor potência, de 5,81 kW, ainda desempenhando 92% e 95% da potência obtida com diesel e biodiesel de soja, respectivamente. A potência do motor operado com biodiesel de levedura e microalgas foi semelhante, atingindo 93% e 96% da potência do diesel e do biodiesel de soja, respectivamente.

A equipe encontrou menos diferença no torque de saída. As temperaturas dos gases de escape eram mais elevadas para o diesel, seguido de soja, microalgas, leveduras e bactérias (por ordem decrescente de temperaturas). Os biocombustíveis mostraram maior consumo de combustível no teste de rotações em comparação com diesel, o que é consistente com sua potência enérgica mais baixa. Já entre os diferentes tipos de biodiesel, as diferenças foram mínimas.

As emissões de hidrocarbonetos e carbono foram menores em todos os biodieseis em comparação com o diesel. Entretanto, as emissões de óxidos de nitrogênio foram maiores em relação ao diesel nos combustíveis de leveduras, bactérias e soja – o biodiesel de microalgas gerou emissões de óxidos de nitrogênio significativamente menores, o que, de acordo com os pesquisadores, se deve a baixa prevalência de ácidos graxos poli-insaturados e predomínio de ácidos graxos menores em estrutura.

A principal conclusão do estudo é que o biodiesel derivado de microrganismos apresenta propriedades comparáveis nos parâmetros testados para o biodiesel de soja. Porém, o seu uso mais elevado no futuro vai exigir avanços tecnológicos para o cultivo em larga escala, por exemplo.

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Tradução e adaptação BiodieselBR.com