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Soja

Preço da soja pode cair ainda mais, afirma estudo do Rabobank


RuralBR - 15 set 2014 - 11:28
RabobankSoja 150914
Apesar da queda registrada desde o início do ano nas cotações dos contratos futuros para a comercialização da soja, a perspectiva de desvalorização ainda segue, com projeções que apontam para uma diminuição ainda maior dos preços. Diante desse cenário, o Rabobank Brasil entende que ainda possa ser um bom momento para travar os preços.

Dois fatores principais contribuem para reforçar as previsões de queda: a provável confirmação de uma safra recorde das duas commodities nos Estados Unidos e a grande mortandade de aves e suínos por conta da gripe aviária e do vírus da diarreia epidêmica suína (PED), que reduziu muito a demanda de grãos para consumo de ração animal. 

De acordo com recente estudo conduzido por analistas do Rabobank, há uma probabilidade em torno de 90% de que o valor médio da comercialização da soja no ciclo 2014/2015 fique inferior aos USD 10.50 por bushel (medida equivalente a aproximadamente 27,2 quilos). “O banco acredita que o produtor deve prestar atenção e buscar um hedging que ainda lhe permita cobrir seus custos de produção, pois existe um cenário de 90% de chance dos preços ficarem mais baixos do que os atuais” explica Renato Rasmussen, analista do departamento de Pesquisa e Análise Setorial do Rabobank.

As projeções apontam para um preço médio de comercialização bem abaixo do praticado atualmente, próximo a USD 8.50 por bushel. O estudo tenta traçar o impacto que a chegada da safra norte-americana deverá causar nos estoques globais e seu consequente efeito nas cotações. “A análise é puramente estatística. Com a projeção de estoques atuais, a safra americana poderá fazer ainda mais pressão nos valores correntes de soja. No entanto, qualquer problema na próxima safra de Brasil e Argentina, por exemplo, poderia alterar essas estimativas”, afirma o analista.

A baixa movimentação no mercado mostra, ainda, uma expectativa generalizada de uma eventual alta nos preços, apesar das estimativas contrárias. Porém, é importante planejar a longo prazo, de acordo com as previsões, e ter em mente uma visão de risco.