Óleo de palma atinge pico de 6 semanas com menor oferta de soja

Os futuros do óleo de palma da Malásia subiram para máxima de 6 semanas nesta segunda-feira, enquanto traders continuam a apostar em um aperto da oferta global de óleo comestível, sem sinal de alívio da seca na região produtora de soja do Meio-Oeste dos Estados Unidos.

A nova safra de soja norte-americana atingiu máxima do contrato nesta sexta-feira, após a Pro Farmer estimar que a produção da oleaginosa será pior que o estimado pelo Departamento de Agricultura norte-americano (USDA).

Uma menor safra de soja a ser esmagada em óleo de soja aumentou o desconto do óleo de palma em relação ao óleo de soja para mais de 250 dólares por tonelada, transferindo mais demanda ao óleo mais barato.

"Há muito mais fatores altistas para os preços do óleo de palma cru porque até agora o óleo de palma tem estado atrás do óleo de soja", disse James Ratnam, analista da TA Securities na Malásia.

"Pode haver novas medidas de estímulo vindas da China e dos Estados Unidos que podem impulsionar esse sentimento."

O contrato novembro do óleo de palma na bolsa da Malásia subiu 0,7 por cento, fechando a 3.091 ringgit (o equivalente a US$ 994, considerando uma cotação de US$ 1 = 3,11 ringgit) por tonelada, após atingir máxima intradia de 3.122 ringgit, nível não visto desde 17 de julho.

O óleo de palma vai se consolidar na faixa entre 3.044 ringgit e 3.097 ringgit por tonelada, antes de subir em direção a 3.183 ringgit, disse o analista de mercado da Reuters Wang Tao.

A demanda parece estar aumentando com a alta das exportações malaias em 5,7 por cento para o período de 1o a 25 de agosto na comparação com o mês anterior, disse a Intertek Testing Services, inspetora de cargas, no sábado.

Chew Yee Kiat e Anuradha Raghu