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Algas

Nova tecnologia gera biocombustível com algas, diz estudo


Globo Natureza - 20 jan 2012 - 07:00 - Última atualização em: 27 fev 2012 - 00:38

Açúcar de alga marinha pode ser extraído por enzima e reaproveitado. Pesquisa realizada por norte-americanos foi publicada na 'Science'.

Cientistas do Bio Architecture Lab (BAL), laboratório especializado em pesquisas com biocombustíveis nos Estados Unidos, desenvolveram uma nova tecnologia que consegue aplicar algas marinhas na criação de combustíveis renováveis e produtos químicos.

Segundo o estudo, publicado nesta quinta-feira (19) na revista “Science”, a equipe de engenharia conseguiu desenvolver enzimas capazes de extrair açúcares encontrados nas algas e convertê-los em uma fonte rentável de energia e de biomassa.

“Cerca de 60% da biomassa seca das algas são carboidratos fermentáveis e em aproximadamente metade delas é possível encontrar um único carboidrato: o alginato. Nossos cientistas desenvolveram uma enzima para degradá-lo e uma alternativa para metabolizar o alginato, o que nos permite usar todos os principais açúcares das algas", disse Daniel Trunfio, presidente da Bio Lab Architecture, em material de divulgação.

"Isto faz da alga uma matéria-prima econômica para a produção de combustível renovável, além de produtos químicos”, complementa o CEO da empresa.

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A imagem mostra exemplar de macroalga, utilizada por pesquisadores para a retirada de açúcares. Enzimas transformariam açúcares em combustíveis renováveis e produtos químicos. (Foto: Divulgação/Bio Architecture Lab. Inc/Science)

As algas marinhas podem ser usadas na produção global de itens renováveis devido ao seu elevado teor de açúcar e a ausência de lignina, fatores que não exigem plantações em terras aráveis ou água doce para o seu desenvolvimento. Além disso, segundo a publicação, elas não têm impacto ambiental.

Segundo o estudo, ao menos 3% das águas costeiras podem produzir algas capazes de substituir 60 bilhões de galões de combustíveis fósseis. Já existem casos no mundo de produção comercial destas algas, como em quatro fazendas de algas no Chile, com alta taxa de produção economicamente viável, segundo a BAL.

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