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Boeing e Embraer criam centro para desenvolvimento de biocombustíveis


G1 - 15 jan 2015 - 11:31 - Última atualização em: 29 nov -1 - 20:53
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A Boeing e a Embraer inauguraram nesta quarta-feira (14) um Centro de Pesquisa em Biocombustíveis Sustentáveis para Aviação em São José dos Campos (SP). O centro vai funcionar no Parque Tecnológico da cidade e tem como objetivo coordenar e financiar pesquisas de soluções que reduzam a emissão de poluentes por combustíveis utilizados no setor.

O desenvolvimento de novas tecnologias deve ser feito por meio de parcerias com universidades e instituições brasileiras. A intenção é reduzir a emissão de carbono no planeta até 2050. “A indústria de aviação é responsável por 2% dessa poluição no mundo, crescendo todo ano. Temos a responsabilidade de assegurar um desenvolvimento que seja bom para o meio ambiente”, afirmou a presidente da Boeing no país e na América Latina Donna Hrinak.

O centro no Parque Tecnológico, onde a Boeing já abriga seu primeiro centro brasileiro para pesquisa, conta com duas salas executivas para abrigar os trabalhos pela parceria. “Não será um laboratório, é um centro de coordenação para conseguir atenção no setor. Queremos assegurar a viabilidade da cadeia de produção”, disse Donna. O valor do investimento não foi divulgados pelas empresas.

Apesar da inauguração, as companhias seguem na definição de parcerias para integrar o projeto. “Estamos estruturando estes projetos com entidades brasileiras e por questões formais ainda não podemos divulgar. Isso deve acontecer ainda no primeiro semestre”, afirmou o vice-presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer Mauro Kern.

Potencial
Segundo Kern, a escolha do Brasil para abrigar o desenvolvimento de novas tecnologias se dá pelo histórico do país na criação de combustíveis renováveis, como o etanol, e por contar com matriz energética com potencial para novos produtos. “O Brasil é rico em diversidade e tem capacidade para permitir novas tecnologias de biomassa. O país é muito forte com a cana-de-açúcar, óleo comestível, algas, entre outros recursos”, avalia. 

As duas empresas já realizaram experiências com biocombustíveis nos últimos anos. Para as companhias, um dos principais desafios é manter a qualidade e viabilidade dos novos combustíveis para aeronaves, comparado a outros como o petróleo, que segue em valorização baixa. “O trabalho pressupõe colocar o combustível com a mesma característica e produção de energia do combustível fóssil”, disse Kern.

Segundo a Embraer, prazos e produtos concretos ainda estão sendo estudados. “Não temos a visão completa de como essas iniciativas vão nos levar as metas, mas não podemos deixar de nos engajar”, afirmou o diretor.

Daniel Corrá – G1