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Biogas

Biogás - Geração de energia elétrica


BiodieselBR - 02 fev 2006 - 23:00 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:22

A avicultura e a suinocultura brasileira tem se destacado pelo alto nível tecnológico e pela posição de destaque que o país ocupa entre os exportadores de carne de aves e suínos. Entretanto, as condições climáticas, principalmente nas regiões sul e sudeste, têm contribuído para alterar significativamente o consumo energético para o aquecimento dos animais jovens nos primeiros dias de alojamento.

Atualmente, estes sistemas são constituídos por campânulas a gás (GLP), elétricas e lâmpadas infravermelhas ou incandescentes. Todos estes sistemas de aquecimento utilizam fontes de energia não renováveis e com custos elevados para o produtor. O consumo médio de energia elétrica em granjas de frangos de corte é de 2.169 kWh /granja /mês, segundo a CEMIG-MG, sem considerar o uso da energia elétrica no aquecimento das aves. Porém, considerando-se o uso de campânulas elétricas no aquecimento dos pintos (1.000 W p/a cada 500 pintos) durante os primeiros 21 dias este consumo se eleva para 16.128 kWh.

O consumo médio de gás (GLP) usado em campânulas para o aquecimento dos pintos em aviários com 16.000 frangos (12 x 100 m), no inverno na região sul é em torno de 546 kg (42 butijões de 13 kg), o que corresponde a R$ 1.260,00 (42 x 30,00) por lote de frangos alojados, totalizando em 7 lotes anuais R$ 8.820,00 (custo do butijão de GLP, em outubro de 2004, R$ 30,00).

Souza (2001) também observou, ainda, que o percentual de energia usada no aquecimento do substrato é muito alto, sendo possível melhorar em muito a eficiência do sistema, de forma que a produção líquida de biogás seja utilizada simultaneamente para outros fins. Considerando a produção líquida de metano do biodigestor, para atender a 10 animais, não há condições para que se utilize um sistema de aquecimento do substrato, como o que foi idealizado para esse tamanho de rebanho. Para o rebanho de 50 animais, já ocorre excedente de biogás para aquecimento até 29ºC, com o sistema idealizado; para 100 animais, até 37ºC, a para 1.000 animais, foi possível aquecer até 40ºC, com folga no excedente de biogás. Para 100 animais, a produção líquida de biogás foi máxima na temperatura de 29ºC e para 1000 animais, na de 36ºC.