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[Análise] Babaçu como opção - 10.set.07

BiodieselBR - 09 set 2007 - 21:00 - Última atualização em: 09 nov 2011 - 19:23

A possibilidade de o babaçu ser transformado em biodiesel levou ânimo às quebradeiras de coco. Afinal, seria mais uma utilização para a amêndoa que passaria a interessar outros compradores e haveria concorrência, possibilitando um aumento na renda para as famílias que vivem desta atividade. Contudo viabilizar economicamente esta nova utilização do babaçu não é tão simples como parece, a começar pelo rendimento de amêndoas. Do peso total de um coco apenas 6% são amêndoas e desse percentual 60% é óleo. Ou seja, para cada 100 quilos de coco teremos 6 quilos de amêndoas que rendem 3,6 quilos de óleo. O aproveitamento somente do óleo e da torta da amêndoa não viabiliza a industrialização do babaçu. O custo de coleta e transporte torna-se muito caro para um aproveitamento tão pequeno. O atual modelo de exploração do babaçu consegue apenas uma pequena renda para as quebradeiras, não tirando essas famílias da pobreza, ou dando uma condição mais digna. Já se passaram algumas décadas e a situação das quebradeiras de coco não melhorou.

O problema a ser resolvido com o babaçu é encontrar viabilidade para todo o coco. Sobram 94% do peso do coco não utilizado em biodiesel. Aproveitar esse grande volume de biomassa é a solução para dar viabilidade econômica ao babaçu.

Arranjos industriais que transformem esta matéria-prima em etanol, carvão, energia elétrica e alimentos entre outras aplicações, além do biodiesel, são as soluções que pesquisadores e empresários já estão buscando. Os resultados dessas pesquisas podem demorar entre cinco e dez anos.

coco do Babaçu